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O mercado de perfumes no Brasil, quanto esse nicho movimenta?

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Exigentes, vaidosos e cheirosos. É assim que os consumidores brasileiros são vistos pela indústria da beleza, principalmente pelo setor de perfumaria. Alavancados pela parceria com as tendências de moda, o consumo de produtos de beleza, e é claro, o mercado de perfumes não para de crescer e mantém a liderança mundial desde 2010.

Nas últimas duas décadas, os setores de higiene pessoal, cosméticos e perfumaria só cresceram no país, impulsionado por mais de 2.500 empresas nacionais e pelos cuidados masculinos, que representaram 11% do mercado no ano de 2014. O faturamento total nesse período foi de R$ 101,7 bilhões, o que significou quase 2% do PIB nacional e deixou o Brasil na terceira colocação mundial no consumo de produtos de beleza.

Quando se fala apenas no mercado de perfumes, os números são ainda mais positivos: em 2014, a perfumaria movimentou R$ 15,9 bilhões no país, um crescimento de quase 9,8% em valor. Quando ultrapassou os Estados Unidos e atingiu o topo do ranking, o Brasil teve uma alta de 33% em faturamento, e a expectativa é de que o setor continue nessa posição privilegiada pelo menos até o ano de 2018.

93% do mercado é dominado pelas marcas nacionais, sendo que duas delas representam 60% das vendas, principalmente fora do eixo Rio-São Paulo, onde há poucos pontos que comercializam itens vindos do exterior. Mesmo nessas localidades, os produtos estrangeiros ainda têm alto custo para o consumidor, que acaba aguardando por uma promoção de perfumes importados para adquiri-los.
A mudança no comportamento do consumidor

No geral, o perfil do consumidor mudou nos últimos anos, com a possibilidade de fazer compras pelo e-commerce, de trocar experiências nas redes sociais e de interagir com as marcas virtualmente, seja via computador ou smartphone.

A tecnologia também causou impacto na perfumaria, e agora os clientes pesquisam os preços em busca de descontos, ponderam as vantagens de receber o produto em casa ao invés de se deslocar até uma loja e demanda qualidade compatível com o preço do perfume adquirido.

No Brasil, 61% das pessoas usam algum tipo de perfume, um hábito que está associado aos costumes locais: no Nordeste, 90% da população usa, mas no Sul a proporção é de apenas 40%. Aliado ao fator da escassez de pontos de vendas e promoção de perfumes estrangeiros, as opções nacionais tomam conta desse mercado com itens desenvolvidos especialmente para o clima e a pele dos brasileiros e das brasileiras que se perfumam.

Ao contrário de outros itens de beleza, os perfumes sempre foram utilizados pelos homens, mas a fatia masculina que consome perfumaria também aumentou.

Por esse motivo, perfumes que utilizam âmbar, patchouli e musgo na composição têm sido cada vez mais fabricados. Florais, frutais e cítricos ainda são os preferidos das mulheres, principalmente para o uso diário, embora elas também estejam adentrando no universo amadeirado e chipre, provando que o gosto pessoal influencia muito mais na hora da decisão de compra do que o gênero do perfume.
O setor de perfumaria, uma oportunidade de negócio

Um dos segredos pelo sucesso do setor é a aposta em boas estratégias de divulgação dos produtos.  Embalagens inovadoras e cores chamativas, além de uma amostra do poder de sedução e sofisticação são os carros-chefes das propagandas em revistas para o público feminino e masculino, no horário nobre da televisão e na exposição das vitrines das lojas.

Comercializar o tipo ideal de perfume para a pele do público brasileiro também garante boas vendas. No país, um parfum, que dura até 24 horas e tem 30% de concentração da essência, não é recomendado, pois o clima tropical e o suor acabam alterando o odor do produto.

Os perfumes do tipo eau de parfum, deo-colônia ou splash, que concentram de 25% a 3% da essência são os mais indicados, e costumam ser também os mais baratos para os consumidores que buscam opções acessíveis para ficarem cheirosos. A regionalização também é fator importante para levar em conta, já que o uso desse item não é bem distribuído pelo país e, por isso, acertar no tipo de produto oferecido regionalmente é benéfico para as vendas.

Também é preciso ficar de olho no calendário para vender bem: Dia das Mães, Dia dos Namorados, Dia dos Pais e Natal costumam ser datas em que o comércio acelera. Novas datas temáticas, como Dia do Consumidor e Black Friday também garantem a movimentação do estoque em períodos de menor tradição de compras.

Misturar novidades com maneiras tradicionais de comercializar os perfumes garantem que o mercado continue aquecido. É por isso que além de realizarem promoção de perfumes importados e nacionais por até metade do valor, oferecer teste e amostra grátis e parcelamento em diversas vezes, seja na revenda ou nas lojas físicas, os comerciantes estão investindo em novas formas de comercializar as fragrâncias.

Há locais onde é possível encontrar os perfumes a granel ou adquirir pequenos frascos para fazer o teste em casa, e há consumidores que preferem encomendar exemplares aos amigos que estão com uma viagem marcada para o exterior, pois os impostos são menores.

Se o mercado continuar a se utilizar de táticas eficazes, a expectativa é que nos próximos dois anos, a perfumaria salte para US$ 9,1 bilhões de faturamento no país. Aproveite a oportunidade de ingressar nesse mercado.

As empresas estão apostando alto: os grandes grupos estão em franca expansão com um sistema de franquias de qualidade, enquanto os pequenos negócios lucram cada vez mais com o apelo ao público-alvo.
Fonte: E-commerce Brasil

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Elvis Gomes

Consultor em E-commerce. CEO da Painel10 Consultoria E-commerce. Especialista em e-commerce com mais de 20 anos de experiência no mercado digital atuando com consultoria, SEO e SEM, Usabilidade, estratégia em Marketing para Pequenas, Médias e Grandes empresas

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